Baixo volume de água do Rio Areado e possível privatização da Copasa preocupam moradores de distritos em Patos de Minas
Eles temem que as localidades sejam prejudicadas com a mudança na gestão da água
Curso d'água importantíssimo para várias localidades do meio rural de Patos de Minas, o antes caudaloso Rio Areado, hoje é considerado um ribeirão, e vem sofrendo ao longo do tempo com a diminuição do seu volume de água, cada vez mais estreito e raso.
Segundo Nascimento Xeu, que faz parte do Movimento SOS Rio Areado, há cerca de três décadas, nesta mesma época do ano, atravessar o leito do rio só seria possível com embarcações. Hoje o mesmo percurso pode ser facilmente realizado a pé. Para o ambientalista, a situação se deve ao desmatamento em toda a região e falta de preservação das nascentes, uma vez que os grandes córregos secaram.
Entre as ações realizadas pelo movimento que busca preservar o rio, está a soltura de peixes que acontece todos os anos, mas que esbarra na redução do volume de água. “O Rio está acabando, apesar dos esforços dos voluntários do SOS Areado, que vêm lutando há trinta anos pela sua preservação” descreveu o ambientalista.
Outra preocupação dos moradores e produtores dos distritos de Areado e Pindaíba é a respeito da possível privatização da Copasa, encaminhada pelo governador Romeu Zema para a ALMG, como parte do pacote de projetos para adesão de Minas Gerais ao Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados com a União (Propag).
Os moradores e produtores rurais da região têm que com a mudança na gestão da água os distritos possam ser deixados de lado devido ao tamanho das populações destas comunidades.
